HAMLET EM 3 ATOS (2016)
Estreia | 19 de maio no Teatro das Figuras, Faro
Texto | Hamlet, William Shakespeare
Dramaturgia e Encenação | Teresa Henriques e Teresa Henriques
Coreografia | Ana Filipa Antunes
Cenografia | César Enes e João Sousa
Adereços e Figurinos: Teatro Improviso
Voz Off | Matheus Oliveira
Produção |Teatro Improviso e Teatro das Figuras
Com | Adriana Tincul; André Alfarrobinha; Daniela Santos; João Sousa; Luana Gonçalves; Ludmila Jordão; Márcia Colaço; Mariana Monteiro; Marco Valente; Matheus Oliveira; Mónica Cavaco; Natacha Candeias; Raquel Ribeiro; Rita Leandro; Samuel Sequeira; Sandra Basílio; Sofia Gil e Sofia Pires
Sinopse
O jovem Hamlet, educado na modernidade da cidade de Wittenberg, regressa a casa e descobre que há algo de podre no reino da Dinamarca. Embora possuidor de uma vasta cultura em filosofia, artes e ciências, Hamlet acaba por ser o protagonista de uma das tragédias mais longas da história do teatro. Entre o ser justo e o não ser, Hamlet opta por fazer justiça com as próprias mãos, sucumbindo à ideologia da velha Europa. Ser ou não ser racista, xenófobo, homofóbico, machista é uma questão que continua a desafiar os comportamentos dos “reinos” europeus na atual sociedade do conhecimento e da tecnologia.
Ofélia: De facto, senhor, fui levada a crer que sim.
Hamlet: Não devíeis ter crido nisso; pois não pode a virtude inocular-nos a casta que dela não guarde travo. Eu nunca te amei.
Ofélia: Mais enganada fui eu.
Hamlet: Põe-te a mexer para um convento. Ou preferes andar a parir pecadores? Eu mesmo sou indiferentemente honesto e, no entanto, podia acusar-me de tais coisas que era melhor minha mãe não me ter parido. Sou muito orgulhoso, vingativo, ambicioso, com mais ofensas à perna do que noções para entretê-las, imaginação que lhes dê forma, ou tempo para as pôr em prática. Por que hão-de criaturas como eu arrastar-se entre o céu e a terra? Somos todos pessoas incertas, não acredites em nenhum de nós. Põe-te a mexer para um convento. Onde está o teu pai?