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BERNARDA D´ALMA (2002)

 

Estreia | 2 de maio no Auditório do Instituto da Juventude, Faro

Texto | Extratos da Casa de Bernarda Alba, de F. Garcia Lorca e de Beatriz, de Paula Correia

 

Dramaturgia | Teresa Henriques

Encenação | Teresa Henriques e Teresa Coutinho

Cenografia | Tiago Cadete, Carlos Pires e Júlia Pires

Desenho de Figurinos | Tatiana Barreiros

Execução de Figurinos | Julieta Domingos e Sotero Carvalho

Sonoplastia | Luís Borges

Técnicas de som | Lucy Ramos e Soraya Dali

Banda Sonora | ”Beatriz” de Edu Lobo e Chico Buarque/ ”Sin Embargo” de Wim Mertens

Com | Ana Borges; Ana Isa; Ana Palma; Carla Tomé; Filipa Magalhães; Joana Martins; Laura Minder; Leila João; Nádia Russo; Sara Moita; Tatiana Barreiros e Vera Simões

Sinopse

A partir da obra “A Casa de Bernarda de Alba” de Frederico Garcia Lorca, refletimos, de uma forma crítica, sobre os espaços físicos, afectivos e sociais que são interditos às mulheres. O mundo ocidental libertou as mulheres de classe média das suas casas, no entanto elas continuam aprisionadas nos seus corpos e na sua sexualidade, através de uma cultura que reproduz a violência e os mitos da beleza. As personagens de “Bernarda D'Alma” são mulheres que falam a linguagem do corpo e dos afectos, sem medo de questionar os estereótipos sociais e culturais que geram silêncios.

Martírio: Coitada, agora dedica-se à metafísica masculina, fantasia como todas nós: afinal os homens preferem as magras ou as gordas?

Madalena: As ruivas, as morenas ou as louras?

Martírio: As que fingem ter prazer, ou as que o têm de verdade?

Amélia: As esposas ou as amantes?

Madalena: As virgens adolescentes ou as quarentonas experientes?

La Poncia: Nem eles sabem, gostam sempre mais do que não têm.

Angústias: O Pepe disse-me que gosta de mim tal e qual como eu sou, ele não tem essas fantasias.

Martírio: É por isso que pões tanta pintura na cara?

Amélia: E arrancas os pêlos das verrugas?

     

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